02 novembro 2010

Nublando

e eu, que sempre gostei da celeridade do tempo, me pego sonhando com que ele parasse.
eu que sempre ansiei adiantar momentos,
eu que sempre consegui abafar sentimentos
agora experimento a vontade de congelar o agora
queria só um hoje, por muito tempo.
não deixei de acreditar no amanhã
mas transformar felicidade em ontem dá medo,
ainda que seja necessário.

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