05 julho 2006

Voltamos à programação normal

Ou nem tanto...
Mas voltamos cheios de novidades, estilo nova temporada de série da Warner: casa nova, novo status civil, quase idade nova. Tá certo que quando escrevi aquela coisa do ciclo de sete anos não esperava tanto, mas muita coisa mudou e ainda vai mudar, pelo visto.

Hoje, pela primeira vez, vou dormir no meu apartamento novo. Tenho ele alugado já desde o fim do mês passado, mas não tinha ainda condições de ir para lá, onde morarei sozinha. Claro que tem coisas que incomodam e sei que vão incomodar, mas vejo a coisa toda como um grande desafio e a perspectiva de aprender ainda mais, amadurecer ainda mais. Estou bem e acho que é isso que importa.

A má notícia é que o apartamento tem fogão novo, tv nova, cama nova, mas ainda não tem internet para o computador, que é velho, mas eficiente. Logo, talvez ocorra alguns outros atrasos na atualização deste blog. Só espero, sinceramente, que não ocorram logo mais muitas novidades, pelo menos até eu assimilar as atuais :)

Para encerrar, duas coisinhas. A primeira: um agradecimento mais que especial à Andrezza e ao Daniel. A força que eles me deram, fisicamente falando, não tem preço, embora qualquer montador teria me cobrado uma fortuna para fazer o que o Daniel fez, hehehe. Ah, claro, e à minha mãe, que tá aqui já há mais de uma semana me ajudando na correria que é uma mudança... Especial e maravilhosa como sempre, além de ser uma faxineira nota 10... E, como os ganhadores do Oscar, agradeço também à Tati e a toda família e amigos pelo apoio, carinho, conversas e cafés.. Não citarei nomes para não esquecer ninguém, etc, etc, etc :)

A segunda: uma poesia do maravihoso Carlos Drummond de Andrade.

Consolo na praia

Vamos, não chores...
A infância está perdida.
A mocidade está perdida.
Mas a vida não se perdeu.

O primeiro amor passou.
O segundo amor passou.
O terceiro amor passou.
Mas o coração continua.

Perdeste o melhor amigo.
Não tentaste qualquer viagem.
Não possuis casa, navio, terra.
Mas tens um cão.

Algumas palavras duras,
em voz mansa, te golpearam.
Nunca, nunca cicatrizam.

Mas, e o humour?
A injustiça não se resolve.
À sombra do mundo errado
murmuraste um protesto tímido.
Mas virão outros.

Tudo somado, devias
precipitar-te, de vez, nas águas.
Estás nu na areia, no vento...
Dorme, meu filho.

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