Parei e cheirei as velas. Odores e cores perfeitos para o teu quarto. E vi os espumantes, até aquela marca barata que compramos e bebemos no meio da rua, risonhos e felizes sob os olhares desconfiados da população local.
Ao contrário do que faria há alguns dias, não comprei nada. E a moça do caixa não entendeu que as lágrimas em meus olhos não eram pelo valor das minhas compras, mas sim pelo alto preço pago por aquilo que não devo mais levar.
21 novembro 2010
14 novembro 2010
Pensando alto: dois anos depois
Há poucos dias me dei conta que já completaram dois anos desde que voltei a Florianópolis. Sem dúvida, uma decisão acertada, por mim e pelo Enzo. Mudei o corpo (menos 15 quilos, em média), mudei o endereço, voltei a ser mais eu mesma. Mudei o cabelo, primeiro o corte, depois a cor. Voltei a sorrir mais, a dormir mais, a querer mais.
E justamente esse querer mais criou uma esperança que há um ano e meio, mais ou menos, não muda. Mas que agora, contrariando o ditado, não poderá ser a última a morrer. E minha meta agora é abandonar essa esperança de qualquer jeito, nem que para isso tenha que torturá-la. E, olhando tudo o que mudei nesses últimos dois anos, não tenho dúvida de que conseguirei.
E justamente esse querer mais criou uma esperança que há um ano e meio, mais ou menos, não muda. Mas que agora, contrariando o ditado, não poderá ser a última a morrer. E minha meta agora é abandonar essa esperança de qualquer jeito, nem que para isso tenha que torturá-la. E, olhando tudo o que mudei nesses últimos dois anos, não tenho dúvida de que conseguirei.
09 novembro 2010
Relembrando*
O que procuras nos meus olhos tristes
eu já não posso te dar.
Por que me apego a teus olhos turvos
se os meus olhos tristes não conseguem te encarar?
E grito à noite em silêncio
e grito ao teu corpo junto ao meu.
E grito, grito, grito
mas tu não ouves o meu adeus.
*abril de 2006 . Mas pode ser útil volta e meia.
eu já não posso te dar.
Por que me apego a teus olhos turvos
se os meus olhos tristes não conseguem te encarar?
E grito à noite em silêncio
e grito ao teu corpo junto ao meu.
E grito, grito, grito
mas tu não ouves o meu adeus.
*abril de 2006 . Mas pode ser útil volta e meia.
08 novembro 2010
100%
É, eu não posso mais acordar a hora que eu bem entender. Eu não posso mais ir à praia toda manhã, ou quase, como fiz nos últimos 16 dias. Eu não posso mais sair a qualquer hora, nem voltar a qualquer hora, ou mesmo sumir de casa por um dia todo. Eu perdi boa parte da minha liberdade dos últimos tempos. Voltei à rotina de médicos, psicólogo, fonoaudiólogo, neurologista, e outros istas e ólogos. Mas só agora, com o Enzo em casa, tenho a sensação de que meu coração está completo.
07 novembro 2010
alma pequena
tem coisas que eu não consigo dizer
não porque não sejam verdades
não porque doam
não porque assustem
eu só não digo
porque não vale a pena
não porque não sejam verdades
não porque doam
não porque assustem
eu só não digo
porque não vale a pena
06 novembro 2010
02 novembro 2010
Nublando
e eu, que sempre gostei da celeridade do tempo, me pego sonhando com que ele parasse.
eu que sempre ansiei adiantar momentos,
eu que sempre consegui abafar sentimentos
agora experimento a vontade de congelar o agora
queria só um hoje, por muito tempo.
não deixei de acreditar no amanhã
mas transformar felicidade em ontem dá medo,
ainda que seja necessário.
eu que sempre ansiei adiantar momentos,
eu que sempre consegui abafar sentimentos
agora experimento a vontade de congelar o agora
queria só um hoje, por muito tempo.
não deixei de acreditar no amanhã
mas transformar felicidade em ontem dá medo,
ainda que seja necessário.
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