02 maio 2007

Sem palavras

Eu queria escrever um texto sobre como é bom estar grávida. Mas não queria que fosse um texto chavão, desses que a gente diz que a gravidez é tudo de bom, até porque não é. Quer dizer, pode não ser, não é todo mundo que acha uma maravilha. Eu estou achando. Só que não consigo transformar isso em palavras.

Eu não sei se o blogger vai permitir um arquivo com mais de seis anos, tempo que eu acho que vai levar pro Enzo poder ler isso aqui (tô contando que o guri já vai nascer mexendo no computador, como o pessoalzinho dessa nova geração). Mas queria que um dia ele soubesse o quanto ele já me faz feliz. Sei que haverá muitos percalços, de certo vai haver momentos que vou ter vontade de sumir, e todo aquele estresse de pai e mãe. Mas só eu sei o quanto essa criaturinha já me fez mudar e, sem falsa modéstia, sei que pra melhor. Seis meses, e mudei mais que em 28 anos de tentativas. Então, eu queria escrever um texto para que, um dia, ele soubesse disso. Provavelmente eu vá dizer, pessoa “faladora” que sou dos meus sentimentos (na real, eu já digo isso a ele, mas, enfim, embora eu tenha crença absoluta que ele entende do jeito dele, com sete anos ele não vai se lembrar mais, né?), mas queria deixar registrado isso em um texto bonito, cheio de declarações de amor e frases lindas. Mas não consigo.

Aliás, eu achei que a gravidez seria um momento de grandes poesias. Mas, até hoje, só fiz uma. Porque parece que o poema maior vai se formando dentro de mim. E todo o meu sentimento vai se transformando em uma bela e única rima...

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