11 maio 2007

Filosofia de bar

A vida parece às vezes uma enorme roda-gigante. Vira e mexe, estamos no mesmo lugar, de novo. Às vezes no baixo, às vezes no alto, e, na maior parte das vezes, na vidinha morna da altura intermediária. Tem quem, no alto, sinta medo e angústia e tanto faz e esperneia que logo a roda a leva de volta para oponto mais baixo. Mas, por mais que a pessoa se sinta segura ali, o movimento continua e, inevitavelmente, ela precisará subir de novo. Ninguém fica estagnado, por mais que muita gente goste disso.

E aí ficamos assim... Nessa roda infinita. Posições se repetem, sentimentos se repetem, situações se repetem. E eu me pergunto como é que a gente faz quando quer brincar de outra coisa... Dá pra descer? :)

Só que, apesar de parecer um pouco triste, eu ainda acho que essa idéia ainda é mais otimista que pessimista. Tá certo que volta e meia situações chatas de desagradáveis parecem voltar, como para comprovar que aprendemos a lidar com o sofrimento e a frustração da primeira vez... Se não aprendemos, tchum, vamos vivenciar de novo até aprender. Mas também se repetem infinidades de coisas boas: amizades que chegam, alegrias que crescem, mudanças inesperadas e surpresas felizes. A diversão dessa roda-gigante é justamente saber enxergar a paisagem e sentir a brisa passando entre os cabelos. A altura pode dar vertigem, mas traz também uma visão em que tudo parece tão pequeno que não tem porque a gente se preocupar tanto...

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