21 maio 2007
A quatro dias dos sete meses...
11 maio 2007
Filosofia de bar
A vida parece às vezes uma enorme roda-gigante. Vira e mexe, estamos no mesmo lugar, de novo. Às vezes no baixo, às vezes no alto, e, na maior parte das vezes, na vidinha morna da altura intermediária. Tem quem, no alto, sinta medo e angústia e tanto faz e esperneia que logo a roda a leva de volta para oponto mais baixo. Mas, por mais que a pessoa se sinta segura ali, o movimento continua e, inevitavelmente, ela precisará subir de novo. Ninguém fica estagnado, por mais que muita gente goste disso.
E aí ficamos assim... Nessa roda infinita. Posições se repetem, sentimentos se repetem, situações se repetem. E eu me pergunto como é que a gente faz quando quer brincar de outra coisa... Dá pra descer? :)
Só que, apesar de parecer um pouco triste, eu ainda acho que essa idéia ainda é mais otimista que pessimista. Tá certo que volta e meia situações chatas de desagradáveis parecem voltar, como para comprovar que aprendemos a lidar com o sofrimento e a frustração da primeira vez... Se não aprendemos, tchum, vamos vivenciar de novo até aprender. Mas também se repetem infinidades de coisas boas: amizades que chegam, alegrias que crescem, mudanças inesperadas e surpresas felizes. A diversão dessa roda-gigante é justamente saber enxergar a paisagem e sentir a brisa passando entre os cabelos. A altura pode dar vertigem, mas traz também uma visão em que tudo parece tão pequeno que não tem porque a gente se preocupar tanto...
02 maio 2007
Sem palavras
Eu queria escrever um texto sobre como é bom estar grávida. Mas não queria que fosse um texto chavão, desses que a gente diz que a gravidez é tudo de bom, até porque não é. Quer dizer, pode não ser, não é todo mundo que acha uma maravilha. Eu estou achando. Só que não consigo transformar isso em palavras.
Eu não sei se o blogger vai permitir um arquivo com mais de seis anos, tempo que eu acho que vai levar pro Enzo poder ler isso aqui (tô contando que o guri já vai nascer mexendo no computador, como o pessoalzinho dessa nova geração). Mas queria que um dia ele soubesse o quanto ele já me faz feliz. Sei que haverá muitos percalços, de certo vai haver momentos que vou ter vontade de sumir, e todo aquele estresse de pai e mãe. Mas só eu sei o quanto essa criaturinha já me fez mudar e, sem falsa modéstia, sei que pra melhor. Seis meses, e mudei mais que em 28 anos de tentativas. Então, eu queria escrever um texto para que, um dia, ele soubesse disso. Provavelmente eu vá dizer, pessoa “faladora” que sou dos meus sentimentos (na real, eu já digo isso a ele, mas, enfim, embora eu tenha crença absoluta que ele entende do jeito dele, com sete anos ele não vai se lembrar mais, né?), mas queria deixar registrado isso em um texto bonito, cheio de declarações de amor e frases lindas. Mas não consigo.
Aliás, eu achei que a gravidez seria um momento de grandes poesias. Mas, até hoje, só fiz uma. Porque parece que o poema maior vai se formando dentro de mim. E todo o meu sentimento vai se transformando em uma bela e única rima...