Começou de leve, e ela decidiu ignorar. Achava que não ia dar nada. Foi tratando com paliativos, fingindo que não via a evolução da coisa. Os amigos e a família diziam: “Maria Luísa, não é coisa que se brinque”. Mas Maria Luísa brincava, e ria, e era feliz.
Chegou um ponto em que não deu mais pra ignorar. E os paliativos já não serviam. Ela tentou mudar o tratamento, mas nada daquelas medidas leves, ou mesmo as moderadas, ajudariam. Era tarde demais. E só havia uma esperança: a retirada total do órgão afetado – que já estava ferido, inchado, sangrando.
E agora Maria Luísa tenta aprender como viver sem coração.
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