Maria Luísa esmerou-se no muro que construíra para se proteger. Mas esqueceu que o perigo, justamente, era o que batia lá dentro.
Quando se deu conta, era tarde e ela estava sozinha. Gritou, pediu socorro, mas o som reverberava e voltava a seus ouvidos. Só o que chegava a Maria Luísa eram seu próprio eco e o som multiplicado das batidas de seu próprio coração.
Enquanto ela ajoelhava e chorava, apertada pelas paredes que construíra em volta de si, as pessoas passavam e diziam
- Não é uma fortaleza essa menina?
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